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Governo lança as novas notas do real
Conforme antecipou reportagem do jornal O Globo, a primeira reforma do real prevê cédulas com tamanhos diferenciados - as de maior valor terão tamanho maior - e marcas táteis em relevo aprimoradas. O novo design lembra bastante o da família do euro. As notas trarão ainda as assinaturas do ministro e do presidente do BC.
- Desta vez no Brasil uma mudança na família de moedas vem dentro de um processo de continuidade da estabilidade econômica - afirmou Meirelles, acrescentando que nenhuma pessoa terá que ir aos bancos para fazer as trocas das cédulas, uma vez que esse processo será feito naturalmente com a substituição das antigas pelas novas conforme as primeiras forem se desgastando.
As primeiras cédulas a chegar no mercado serão as de R$ 100 e R$ 50, por serem mais alvos de falsificação, segundo Meirelles. Elas estarão disponíveis a partir de maio deste ano. Em 2011, será a vez de substituir as notas de R$ 10 e R$ 20. As cédulas novas de R$ 2 e R$ 5 só entrarão em circulação em 2012.
Ao todo, circulam hoje no país 4,2 bilhões de notas, o equivalente a R$ 116 bilhões. No ano passado foram recolhidas 408 mil notas falsas no Brasil, o que equivale a R$ 23 milhões. A nova família de cédulas vai custar cerca de R$ 1,15 bilhão ao contribuinte, incluindo o processo de substituição, informou o chefe do Departamento de Meio Circulante do BC, João Sidney Filho.
Para a rede bancária, o custo adicional será "trocar as caixinhas" que separam as notas nos caixas eletrônicos, por onde circulam 70% do dinheiro em todo o país.
A temática da atual família - efígie da República nos anversos e animais da fauna brasileira nos reversos - será mantida, porém os elementos gráficos foram redesenhados, de forma a agregar segurança e facilitar a verificação da autenticidade pela população. A diferenciação por cores foi mantida.
Durante a apresentação das novas notas, o ministro da Fazenda destacou a importância de tornar a moeda mais segura, dentro dos padrões tecnológicos internacionais.
- Hoje a economia brasileira é uma das economias mais sólidas do mundo, portanto precisamos ter uma moeda forte e segura - disse.
- Temos que nos preparar para que o real seja uma moeda de curso internacional. Já começa a haver demanda para que seja utilizado fora do Brasil, daí a importância de ser sólida - acrescentou.
O presidente do BC lembrou que o real foi lançado em 1994 de uma forma rápida, dentro de um plano de estabilização da moeda, portanto, é um passo natural criar um programa de emissão de longo prazo da moeda.
- Mas não se modificou muito a aparência da moeda porque é importante indicar a continuidade do real - afirmou Meirelles.
Fonte: O Globo